Até 2 de Agosto, está em cena no Teatro Meridional, em Braço de Prata junto à Mitra, a peça de teatro "Mar Me Quer", uma adaptação do livro de Mia Couto feita por Natália Luiza, tal como a encenação.
O texto é maravilhoso, pleno de poesia e sensibilidade, recheado de termos e expressões cheias de subtilezas, que recriam a língua portuguesa na visão africana e única de Mia Couto. Espreitem AQUI o 1º capítulo...
Uma palavra ainda para a interpretação fantástica de Alberto Magassela, Cucha Carvalheiro e Daniel Martinho.
Fica aqui a sinopse:
- Mulata Luarmina e Zeca Perpétuo partilham território de vizinhança, chão de terra tão mais velho que eles, olhando o mar que é sempre quem mais viaja.
- Luarmina foi aprendendo mil defesas para as insistências namoradeiras de Zeca, mas um dia resolve negociar falas e outras proximidades, não em troca de aventuras sonhiscadas de Zeca, mas de suas exactas memórias. E como diz o avô Celestiano “o coração é uma praia”, em que o mar porque nos quer, acaricia memórias e apaziagua ausências.
- Avô Celestiano é a sabedoria do tempo. Mas também é o fabricador de sonhos. Por via dos sonhos, ele visita os vivos e conduz, na sombra dos aléns, os destinos e os amores de Zeca e Luarmina.
- Luarmina entardece todos os dias na companhia de Zeca, pedindo-lhe as histórias que vão povoando a paisagem. Zeca perpétuo sonha sempre o mesmo: se embrulhar com ela, arrastá-la numa grande onda que os faça inexistir.
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